Os quatro maiores grupos políticos no Parlamento Europeu acolheram esta quinta-feira a posição dos Amigos da Coesão, de manutenção do atual nível de financiamento da Política de Coesão em termos reais.
Coesão. Principais grupos do Parlamento Europeu querem manter financiamento
As áreas da investigação e inovação, juventude, ambiente e transição climática, direitos sociais, migração ou segurança são algumas cujos programas necessitam de financiamento, de acordo com os quatro grupos.
“Defendemos um Quadro Financeiro Plurianual (QFP) da União Europeia forte e credível, que vá ao encontro das expetativas dos nossos cidadãos e cumpra as ambições e compromissos políticos com os meios financeiros necessários”, explicam.
Os grupos frisam que “o Parlamento tem dois principais objetivos nas negociações do Quadro Financeiro Plurianual: primeiro, o de estabelecer o nível correto de financiamento para as ambições políticas e programas da UE; segundo, o de criar novos recursos próprios da UE”.
“Apelamos fortemente a que [o Conselho Europeu] não conclua qualquer acordo sobre o QFP que não vá ao encontro da nossa posição, impedindo a União de alcançar os seus objetivos”, uma vez que, se tal acontecer, os quatro grupos irão rejeitá-lo. “Isso iria, inevitavelmente, originar mais atrasos”.
A carta foi assinada pelos dirigentes dos quatro partidos: o Partido Popular Europeu, a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, o partido Renovar a Europa e o Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia.
Os Amigos da Coesão, um grupo de 16 Estados-membros da União Europeia que tem como objetivo reduzir as disparidades nacionais e regionais na UE, tinha já defendido a manutenção do atual nível de financiamento da Política de Coesão em termos reais, e viu agora a sua posição apoiada.
A Política de Coesão é a principal política de investimento da União Europeia e consiste na redução das disparidades económicas, sociais e territoriais significativas que ainda existem entre as regiões da Europa.