Trump volta a falar em proibir imigração muçulmana: 'Vocês sabem meus planos'

WASHINGTON — O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, voltou a sugerir que manterá seus planos de vetar temporariamente a entrada de muçulmanos no país e reforçar o controle sobre estes imigrantes. O magnata republicano, que venceu a corrida presidencial em novembro deste ano, falou a jornalistas em frente ao seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida, dois dias após o ataque terrorista que reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) que matou 12 pessoas em Berlim, na Alemanha. Em resposta ao atentado, ele disse que este é um ataque contra a Humanidade e culpou os terroristas islâmicos, que "matam continuamente cristãos em suas comunidades e locais de culto como parte de sua jihad global".

Um repórter perguntou ao futuro presidente se ele estava repensando seus planos de controle anti-imigração depois do atentado. Durante sua campanha presidencial, Trump defendeu a total proibição da entrada de muçulmanos nos EUA.

A proposta foi duramente criticada entre democratas e republicanos, e a campanha do magnata depois recuou parcialmente. Os seus assessores disseram posteriormente que seria banida a imigração apenas de países "comprometidos com o terrorismo", enquanto o próprio republicano baixou o tom em certos momentos da corrida eleitoral

Agora, depois que a sua eleição foi ratificada pelo Colégio Eleitoral no início da semana, sem confirmar explicitamente as intenções para o seu mandato, que deverá começar em 20 de janeiro, Trump apenas respondeu ao repórter:

— Vocês sabem meus planos.

Além disso, o magnata ainda reforçou seu discurso de indignação frente ao ataque de Berlim, que atingiu um mercado de Natal e colocou os alemães em alerta.

— Durante todo o tempo, eu provei estar certo. Cem porcento correto — disse. — O que está acontecendo é vergonhoso.