Bolivianos querem que governo libere terreno para instalação de empresa indiana
Durante todo o dia, manifestantes bloquearam com carros a ponte de Arroyo Concepcion, que a Bolívia ao Brasil. A única maneira de entrar no país vizinho era a pé. Alguns visitantes deixaram o veículo do lado brasileiro, seguiram caminho pela ponte e pegaram um taxi na Bolívia. Outros tiveram a viagem perdida, como o aposentado Jaime Rodrigues Pinheiro, que preferiu não esperar.
- Desistimos, né? Outra hora a gente vem.
O caminhoneiro Timóteo de Oliveira, que teve um dia de trabalho perdido, estava preocupado com o prejuízo.
- Agora eu vou ter que esperar até sexta-feira ou sábado para poder carregar a carga.
Os empresários do Comitê Cívico da Província de German Bush reivindicam a formalização em decreto-lei do acordo de doação de um terreno para a empresa Indiana Jindal, que pretende instalar uma usina siderúrgica em Mutún, onde já atua na exploração de minério.
O presidente do comitê, Olvis Hurtado, diz que o grupo indiano trará desenvolvimento para o país.
- Com a empresa funcionando 100%, a Bolívia vai se desenvolver muito mais. Além de gerar emprego, [a empresa] vai melhorar a economia da Província de German Bush, assim podemos melhorar a qualidade de vida de todos que moram aqui.
Além da ponte que liga Corumbá a Arroyo Concepcion, foram fechados o aeroporto internacional de Porto Suarez e a estação ferroviária local.