Contextes de fronteira pour le sens concret

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Imagens de uma fronteira que já não existe

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Ahlbeck - Swinoujscie,na fronteira germano-polaca: início da fronteira
que separa os Estados mais antigos da UE dos novos membros. Foto :
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Ahlbeck - Swinoujscie,na fronteira germano-polaca: início da fronteira
que separa os Estados mais antigos da UE dos novos membros. Foto :
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Uma secção de fronteira, um lugar, uma pessoa. O documentário "La
Frontière Intérieure" [Fronteira interior], será exibido ao longo de
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Chamaram ao seu espaço de trabalho Limo. Não de limonada, nem de
limusina, tão-pouco de maré-baixa. Não, limo significa fronteira, em
esperanto. Essa fronteira que fascina para lá das línguas que separa.
Por trás deste Atelier Limo, acoitam-se dois jovens franceses, Simon
Brunel e Nicolas Pannetier, que agora vivem em Berlim. Certamente não
por acaso, a temática da fronteira continua presente na capital alemã.
Os dois antigos estudantes de Arquitectura concluíram há pouco o seu
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Adriático, em busca dos que foram marcados para sempre por essa
fronteira agora desaparecida. Olaf, Zbigniew, Vaclav ou Vanda não se
conhecem, mas têm todos uma história para contar que envolve a
fronteira que reúne, isola, destrói e reconstrói. Durante o Verão, esta
série de sete retratos será projectada em 40 lugares diferentes ao
longo da dita fronteira. Para debater e se aprender uns com os outros,
para lá de uma simples linha de demarcação.
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isso significava concretamente. Daí termos concluído o curso de
arquitectos com o projecto de uma base de dados sobre essa fronteira.
Andámos em trabalho de campo durante três meses, partindo do mar
Báltico e seguindo a fronteira germano-polaca até ao mar Adriático,
entre a Eslovénia e a Itália. O objectivo desta primeira etapa foi
recolher sons, imagens, impressões, utilizando sempre o mesmo protocolo
nos 238 pontos que visitámos ao longo dessa fronteira. Chegámos a
atravessar a raia 4 ou 5 vezes num só dia.
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incentivou a fazer o filme. Decidimos então avançar com este princípio:
uma secção de fronteira - um lugar - uma pessoa. Seleccionámos sete
pessoas com quem tínhamos entrado em contacto na primeira viagem e
voltámos a procurá-las. As coisas sofreram uma ligeira aceleração em
Novembro de 2007, quando soubemos que os postos de fronteira iam ser
destruídos daí a um mês. Queríamos presenciar esse momento.
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Apesar de composto por sete retratos, o personagem principal do filme é
a própria fronteira. O que tem ela de tão fascinante?

A fronteira é algo simultaneamente visível e invisível. Cada um só
consegue dar uma definição pessoal de fronteira e achamos que se trata
do espaço do paradoxo. De separação e de encontro. É um espaço povoado
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Vão agora mostrar este filme em 40 locais de projecção ao longo da
fronteira. O que espera dessas sessões?

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Outubro. O objectivo, mesmo à nossa ínfima escala, é fazer reflectir.
Apesar da actual abertura das fronteiras, a Europa não é de todo um mar
de rosas. Há ainda coisas escondidas e temas de que é necessário falar.
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* Gorizia, do lado errado da fonteira
* Slubfurt: uma cidade virtual na fronteira