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Tem muito a ver com o que venho intuindo há pelo menos 10 anos mais fortemente, e por toda a vida pelos mares do planeta, com nuances e "janelas" de consciência: Existe um terceiro tipo de inteligência que aumenta o horizonte das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. Concordo fudidamente! As inteligências intelectuais e emocionais flutuam sem consistência sem o respaldo da alma. Estão e sempre foram incompletas. Não tendo porto seguro para suas evoluções e crendices, ou por não saberem utilizar a espinha dorsal do espírito, limitam o indivíduo, neurotizando-o. Tendo que se apoiar em apenas dois respaldos, o homem vacila e cai continuamente. A ausência do divino na modernidade é fatal. Essa parte que falta nos transforma em sofrimento. O ser sem alma é sinônimo de dor. Surfar, claro, é um paliativo que nos arranca da ilusão sócio-cultural por algumas horas. O difícil é manter o seu efeito quando pisamos em terra. Basta olhar para as pessoas nas sociedades ditas modernas, criadas dentro desse conceito furado de uma pseudo plenitude intelecto-emocional. Aos quais, como se não bastasse, também fizeram acreditar que o material preenche todos os espaços das necessidades da raça. Às quais fizeram acreditar que o concreto se constrói sózinho, sem a argamassa tão invisível quanto fundamental da fôrças que nossos cinco sentidos não captam. O surf é uma via de escape, possui esse qualidade plena e inerente que a natureza trás. É um beijo molhado de sanidade na face ressequida do planeta loucura. Mas é suficiente? As pessoas capengam pelas ruas, pelos consultórios de psicólogos e psicanalistas, pelos terreiros de umbanda, pelos livros de auto-ajuda, pelos sites de relacionamento, pelos band-aids emocionais que curam a epiderme, mas não o corpo físico e astral na profundidade desejável. A cultura ocidental (mas não só) enclausurou o ser humano numa teia de valores míticos - desumanos. Não nos reconhecemos no espelho, não nos reconhecemos uns aos outros (só nos vemos realmente quando percebemos o nosso rosto refletido na superfície do mar). Fomos enredados, por milênios, por camadas de ódio enlatado, violência potencializada - tendo como porta-vozes as tvs, os jornais, a internet, e a reiterada e equivocada atitude de muitos de nossos pares. Somos bombardeados por vozes inconscientes - que disseminam crenças deturpadas de uma suposta maldade intrínseca do bicho Homem. Se prestarmos atenção, vamos descobrir que isso é uma calúnia histórica contra nós mesmos, uma ataque virulento do ser humano contra o ser humano. O conhecido excesso de ênfase na materialidade vem somar mais espanto, a ponto de não mais sabermos quem somos e para que viemos. É exagero dizer que, hoje, a humanidade se constitui de bilhões de zumbis vagando pela crosta do planeta? Não. Que a Consciência da nossa verdadeira natureza é uma luzinha que, aqui e ali, em alguns poucos pontos da Terra, imantada em algumas poucas cabeças, sobrevive tênuamente, apenas na fé? Não. Que é um privilégio raro poder sentir, com paixão e leveza, os segundos nos acarinharem, os perfumes do mundo nos enlevarem até o alto das nossas capacidades de compreensão, os olhares significarem muito mais que apenas córneas olhando, e os gestos finalmente serem o que realmente são: belas pinturas no ar. A boa notícia é que uma pequena luz dirime uma grande escuridão, e uma enorme escuridão não consegue apagar uma pequena luz. A outra boa notícia é que os antigos peruanos e o antigos reis havaianos desenvolveram um dos mais eficazes antídotos para esse estado de torpor e inconsciência: o surf. E que nós sabemos disso há muito tempo, e temos acesso à ele. Quando olharmos para os nosso próprio interior e lá reconhecermos Deus - ou chame do que quiser-, que é a expressão máxima de nós mesmos, o que já está começando a acontecer, isso significará um renascer para a humanidade. Encontraremos assim o nosso verdadeiro destino? Isso vai, com certeza, significar a formatação de um novo e desejado propósito. Propósito = cura. Quando olharmos para as nossas costas e conseguirmos perceber, finalmente, as nossa asas antes invisíveis; quando olharmos nos olhos dos outros e enxergarmos a nós mesmos naquela união universal que é a legítima expressão do UM, estaremos salvos. Não falta muito, meus amigos. Vamos deixando que o sutil nos abrace, que a percepção mais fina nos envolva, que o amor vença a guerra santa da qual sempre foi vitorioso, mas não reconhecido. Que os mares sobrevivam e nos redimam. Dentro do véu de ilusões que nos impõem habita o nosso verdadeiro rosto. Permita-se olhá-lo." Abaixo um breve relato sobre o trabalho da Dra. Dana, seguido de um curto perfil, uma entrevista com três perguntas, e um decálogo elaborada por ela, que descreve as qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Inteligência Espiritual - Drª Dana Zohar - Oxford A doutora baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual". Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela falou à revista EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo. Eis os principais trechos da entrevista: O que é inteligência espiritual? É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direcção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações. De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência? Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual. Qual a diferença entre QE e QS? É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afectam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um génio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios. Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas: 1 Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo 2 São levadas por valores. São idealistas 3 Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade 4 São holísticas 5 Celebram a diversidade 6 Têm independência 7 Perguntam sempre "por quê?" 8 Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo 9 Têm espontaneidade 10 Têm compaixão Sidão Tenucci é diretor de marketing da OP - Ocean Pacific, jornalista e escritor. Publicou o livro Almaquatica (Fnac) e O Surfista Peregrino (Livraria Cultura). Costuma envolver-se com o passado e com o futuro, mas acredita que o mais importante é a soma dos dois: o presente, uma entidade maior que a soma das partes. Leia os comentários Comente o artigo Resolução Mínima de 1024x768 © Copyright 2008, Terra Networks S.A. - Conheça o Terra em outros países Anuncie | Clube Terra | Central do Assinante | Fale conosco | Trabalhe no Terra | Decisão Cade | Ajuda | Aviso Legal | Política de Privacidade