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55:potenciais de ação são disparados quando uma despolarização inicial atinge o potencial limiar excitatório. esse potencial limiar varia, mas normalmente gira em torno de 15 milivolts acima do potencial de repouso de membrana da célula e ocorre quando a entrada de íons de sódio na célula excede a saída de íons de potássio. o influxo líquido de cargas positivas devido aos íons de sódio causa a despolarização da membrana, levando à abertura de mais canais de sódio dependentes de voltagem. por esses canais passa uma grande corrente de entrada de sódio, que causa maior despolarização, criando um ciclo de realimentação positiva (feedback positivo) que leva o potencial de membrana a um nível bastante despolarizado.
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41: 2. uma despolarização local de membrana causada por um estímulo excitatório causa a abertura de alguns canais de sódio voltagem-dependentes na membrana plasmática do neurônio e, conseqüentemente, ocorre a difusão de íons de sódio por esses canais. como são cátions, o gradiente elétrico estimula inicialmente o influxo de íons na célula, o que causa um aumento de voltagem e a reversão do potencial negativo da membrana. o gradiente químico se mantém durante todo tempo, pois a concentração de sódio no meio extracelular é muito maior do que a do meio intracelular.
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53:1- quando o potencial de repouso de membrana sofre uma variação de 10 mv (de -60 a -50 mv), atingindo o limiar de excitação, ocorre a sinalização para a abertura dos canais lentos de k+ e das comportas de ativação dos canais rápidos de na+ e para o fechamento das comportas lentas de inativação dos canais de na+. isso leva a um influxo imediato de grande quantidade de íons na+, levando a uma despolarização da membrana da célula.
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4-o sistema nervoso é constituído pelo cérebro, espinal-medula e nervos periféricos. em termos gerais, o cérebro é constituído pelo tronco cerebral, diencéfalo, hemisférios cerebrais e cerebelo. as unidades básicas do sistema nervoso são os neurónios e as células da glia. cada neurónio é formado pelo corpo celular, onde se localiza o núcleo, pelo axónio e pelas dendrites. no cérebro, os neurónios recebem informação de muitos neurónios e esta pode ou não ser transmitida para outros neurónios. um neurónio pode estabelecer sinapse com milhares de neurónios, integrando estes sinais eléctricos como se o seu corpo celular fosse uma calculadora. é como se somasse sinais excitatórios e inibitórios enviando uma mensagem para o axónio quando a soma destes é positiva. esta mensagem é propagada ao longo do axónio pela geração de potenciais de acção.
5:mas afinal o que é um potencial de acção? vamos voltar um pouco atrás, até junto do corpo celular, para compreender a natureza deste impulso nervoso. em situação de repouso, o neurónio possui um gradiente electroquímico dinâmico através da sua membrana plasmática, conferido pela diferença de concentrações de diversos iões dentro e fora da célula. apesar de outros iões influenciarem o potencial transmembranar daí decorrente, vamos dar particular atenção aos catiões potássio e sódio. em repouso, existe uma maior concentração de iões potássio e menor concentração de iões sódio no interior da célula. este gradiente de concentrações é gerado pela acção do complexo proteico transmembranar sódio/potássio atpase, que usa a energia do atp para bombear sódio para fora e potássio para dentro da célula. por outro lado, nestas condições, a membrana é mais permeável ao potássio do que ao sódio devido à presença de canais que se encontram abertos. esta permeabilidade selectiva da membrana faz com que o potencial de repouso possa variar entre -60 e -90 mv. quando um neurónio é estimulado, observa-se uma despolarização da membrana para potenciais mais positivos, seguindo-se uma repolarização que faz com que a membrana retome o potencial do seu estado de repouso. esta variação de potencial transmembranar origina e caracteriza um potencial de acção. (continua na parte 2)
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24:são as redes neurais mais simples que existem para execução de movimentos em resposta a sinais sensoriais. o arco neural mais simples consiste de uma conexão de uma única célula, como por exemplo os neurônios magnocelulares do hipotálamo. estes neurônios detectam variações da osmolaridade do líquido extracelular. quando a osmolaridade aumenta, o neurônio perde água por osmose e encolhe, o que ativa canais iônicos, causando uma despolarização (ativação) e consequente liberação de adh. o arco reflexo também pode ser monossináptico (neurônio sensorial + neurônio motor) e polissináptico (neurônio sensorial + interneurônio + neurônio motor).
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37: existem dois tipos de transmissão nos neurônios, dependendo da presença ou não de um revestimento de mielina nos axônios (também denominados fibras nervosas). quando a fibra nervosa não apresenta mielina (fibra amielínica), a transmissão do impulso nervoso ocorre ao longo de toda a membrana da fibra. se o estímulo inicia no corpo celular, esta região sofre uma despolarização pela entrada de na+. a região adjacente, que ainda não mudou sua polaridade, apresenta uma diferença de potencial elétrico em relação à região estimulada. essa diferença de potencial provoca uma corrente elétrica entre a região já excitada e a não excitada, desencadeando a abertura dos canais de na+ da região não excitada. ocorre então a entrada de na+ e conseqüente excitação desta região. este processo se propaga ao longo de toda a fibra.
38- a bainha de mielina que reveste algumas fibras nervosas (fibras mielínicas) fornece um isolamento elétrico e proteção mecânica para as mesmas. ou seja, não há troca de íons entre os meios interno e externo nas porções da membrana revestidas pela mielina. portanto, ocorre despolarização apenas nas regiões onde a bainha é mais fina ou ausente, os nódulos de ranvier. o processo de transmissão obedece o mesmo princípio das fibras amielínicas, com formação de corrente elétrica entre porções despolarizadas e não despolarizadas, mas apenas nos locais onde é possível o fluxo de íons entre os meios intra e extracelular, os nódulos de ranvier. deste modo, o impulso salta de um nódulo para o outro, aumentando a velocidade de transmissão.
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72:em animais unicelulares a mudança do comportamento pode ocorrer devido à abertura de diferentes canais iônicos. por exemplo, em paramecium os canais na porção anterior são específicos para ca2+. quando o animal bate em um obstáculo a sua frente, este canais abrem, entra ca2+ e ocorre uma despolarização. esta mudança no potencial provoca uma reversão do batimento ciliar, fazendo o animal retroceder. na região posterior existem canais específicos para k+, que quando abrem permitem a saída deste íon. a saída de k+ causa hiperpolarização e conseqüente aceleração do batimento ciliar.
73- nos multicelulares as reações são locais e independentes. nos poríferos as respostas aos estímulos provavelmente são devido à dispersão de efeitos mecânicos, ou seja, a contração de um miócito estica células adjacentes, que se contraem em resposta. outra possibilidade seria a existência de transmissão de impulsos via sinapses elétricas (um sistema proto-nervoso?).